
enche o peito com os sais da vida.
deixa a voz do ar dobrar a geografia dos pulmões.
esquece o que aprendeste e deixa-te ir, em queda livre.
precipita-te sobre a água e desfralda as vestes
como a nau que se perde sem medo na noite e mareia
no caminho do luar á procura de uma terra que dorme.
atravessa a fronteira entre o cansaço e a esperança.
ignora a melancolia e a ilusão na espuma do olhos.
uma lágrima é um corpo amigo, um sonho confessado.
continua a lavar as mãos no sal até ao romper das veias.
escolhe tu o precipício! confia ao horizonte a tua voz!
faz desta viagem um porto de partida e dança no céu.
e, navega, navega por esse infinto espelho de seda...o mar!!
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